Declaração de Taís Araújo sobre a novela Xica da Silva


"Dia 17 de setembro de 1996. Essa menina da foto não ainda tinha noção, mas esse era o dia que mudaria pra sempre a sua vida. Naquela noite de terça-feira, a Rede Manchete exibia o primeiro capitulo de 'Xica da Silva', minha primeira protagonista. Uma personagem linda, riquíssima, que me ensinou tanto e que abriu tantas possibilidades. Sou grata a todos que contaram essa história comigo, que tiveram a coragem de retratar esse período do nosso país. Obrigada por tudo!" 

fonte:http://ego.globo.com/famosos/noticia/2016/09/tais-araujo-relembra-xica-da-silva-abriu-tantas-possibilidades.html

A novela Xica da Silva tem duas trilhas sonoras!


Trilha composta e produzida por Marcus Viana, lançada na época da novela, pela Bloch Som e Imagem.

A trilha sonora da novela da Rede Manchete foi criada por Marcus Viana a partir de uma ampla pesquisa da música barroca mineira e das tradições afro-brasileiras do século XVIII. Participação de Patrícia Ahmaral, Zezé Mota, Transfônica Orkestra e Collegium Musicum de Minas. Música sinfônica, música colonial do sec. XVIII africana e brasileira fazem deste CD um item imperdível para os fãs da obra e do compositor.



Em 2005, foi lançada uma segunda trilha, por ocasião da reprise no SBT, e saiu pela Sonhos e Sons, de Marcus Viana.

A primeira trilha foi lançada na época da novela (1996), pela Bloch Som e Imagem. 
A segunda trilha foi lançada por ocasião da reprise no SBT (2005), e saiu pela Sonhos e Sons, de Marcus Viana.

As trilhas se diferem uma da outra pela inclusão e exclusão de algumas músicas em cada uma delas.

RELAÇÃO DE MÚSICAS:

1996
xicat2

01. XICA RAINHA – Patrícia Amaral, Marcus Viana e Transfônica Orkestra (tema de abertura)
02. QÜENDA – Patrícia Amaral (tema de Xica)
03. TRINDADE – Marcus Viana (tema de Luiz Felipe e Micaela)
04. CONCERTO DE OUTUNO – Transfônica Orkestra (tema de Zé Maria)
05. CACO DE ESTRELA – Zezé Motta (tema de Xica)
06. TOQUE DE ALBA – Transfônica Orkestra (tema do Conde Valadares)
07. CANÇÃO DE NINAR – Carla Villar (tema de Clara)
08. TEMA DE XICA (QÜENDA) – Marcus Viana (tema de Xica e João Fernandes)
09. CAPITÃO DO MATO – Transfônica Orkestra (tema de Jacobino)
10. ENCONTRO DAS ÁGUAS – Eduardo Dussek (tema de Martim e Das Dores)
11. ESCARLATE – Marcus Viana e Transfônica Orkestra (tema de Violante)
12. CANÇÃO E LUNDU – Collegium Musicum Brasiliensis (tema do núcleo dos escravos )
13. COROAÇÃO DO REI DO QUILOMBO – Transfônica Orkestra (tema de Quiloa)
14. BRINCADEIRAS BARROCAS: ANTÍFONA DE NOSSA SENHORA / TRAVESSURAS – Transfônica Orkestra (tema de Úrsula e Xavier)
2005


01. XICA RAINHA – Patrícia Amaral, Marcus Viana e Transfônica Orkestra (tema de abertura)
02. QÜENDA – Patrícia Amaral (tema de Xica)
03. ESCARLATE – Marcus Viana e Transfônica Orkestra (tema de Violante)
04. CONCERTO DE OUTUNO – Transfônica Orkestra (tema de Zé Maria)
05. TRINDADE – Marcus Viana (tema de Luiz Felipe e Micaela)
06. CACO DE ESTRELA – Zezé Motta (tema de Xica)
07. TOQUE DE ALBA – Transfônica Orkestra (tema do Conde Valadares)
08. CANÇÃO DE NINAR – Carla Villar (tema de Clara)
09. TEMA DE XICA (QÜENDA) – Marcus Viana (tema de Xica e João Fernandes)
10. MINUETO E SERENATA (ZÉ MULHER) – Rosane Viana (tema de Zé Maria)
11. ESCRAVA RAINHA – Carla Villar
12. CAPITÃO DO MATO – Transfônica Orkestra (tema de Jacobino)
13. CANÇÃO E LUNDU – Collegium Musicum Brasiliensis (tema do núcleo dos escravos )
14. COROAÇÃO DO REI DO QUILOMBO – Transfônica Orkestra (tema de Quiloa)
15. ALMA DAS PEDRAS – Transfônica Orkestra
16. TRAVESSURAS BARROCAS – Transfônica Orkestra (tema de Úrsula e Xavier)

Por que o SBT mudou a música da abertura de Xica da Silva em 2005?


Por que o SBT mudou a música da abertura de Xica da Silva em 2005?

Na nova exibição, a música de abertura foi trocada, pois os direitos da original, Xica Rainha (de Marcus Viana, Patrícia Amaral e Transfônica Orkestra), não estavam disponíveis. No lugar, o SBT inseriu Xica da Silva, de Jorge Ben Jor.

Trilha composta e produzida por Marcus Viana, lançada na época da novela, pela Bloch Som e Imagem.
Em 2005, foi lançada uma segunda trilha, por ocasião da reprise no SBT, e saiu pela Sonhos e Sons, de Marcus Viana.
As trilhas se diferem uma da outra pela inclusão e exclusão de algumas músicas em cada uma delas.


Fonte: 
http://tvhistoria.com.br/NoticiasTexto.aspx?idNoticia=2793
http://teledramaturgia.com.br/xica-da-silva-trilha-sonora-1-1996/

A cena da bruxa Fausta na Roda do Tribunal do Santo Ofício em Xica da Silva


A Roda de Despedaçamento


A roda de despedaçamento era um instrumento de tortura ou punição usa na Idade Medieval pelo santo Ofício, ela foi usada na cena em Fausta é interrogada pelo Frei Inquisidor em uma roda de madeira que ele rodava por meio de uma corda para que ela falasse de suas artes como bruxa. Segundo Lu Grimaldi em entrevista ao site Fuxico, atriz que interpretou Fausta considerou a personagem mais difícil de compor, ela afirma: "Era um papel violento. Tive de estudar e me dedicar. Por sorte, estava sob a direção de Walter Avancini"

Na Idade Média o réu enfrentava uma roda mais cruel do que mostrada na novela, ele era amarrado com as costas na parte externa da roda. Sob a roda, colocava-se brasas incandescentes. O carrasco, girando lentamente a roda, fazia com que o réu morresse praticamente "assado".Em outros casos, como na roda em exposição, no lugar de brasas, colocava-se agulhões de madeira que o corpo, girando devagar e continuamente, era arranhado terrivelmente. Este suplício estava em voga na Inglaterra, Holanda e Alemanha, de 1100 ª.

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Outra versão da roda de despedaçamento o réu era preso ao mecanismo pelos pés e pelas mãos, com o abdômen voltado para cima, o réu era girado várias vezes, com o agravante de que, abaixo da roda, uma fogueira era acesa. Ou seja, a vítima era “assada” aos poucos, isso quando, no lugar das brasas, não eram colocadas lanças embaixo do instrumento, de modo que o herege seria mutilado cada vez que a roda fosse girada. Existem relatos de que, em algumas ocasiões, a vítima era colocada frente a frente com a fogueira, o que ocasionava queimaduras severas.

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Fontes:
http://primeiro-1g-estadual.blogspot.com.br/2010/06/grupo-inquisicao-castigos.html
https://www.altoastral.com.br/voce-sabe-o-que-uma-roda-de-despedacamento-confira/ 
http://www.ofuxico.com.br/noticias-sobre-famosos/lu-grimaldi-fala-sobre-o-tom-contemporaneo-de-balacobaco/2013/03/03-164571.html 

O emparedamento do Padre Eurico na novela Xica da Silva

O emparedamento do Padre Eurico na novela Xica da Silva

O emparedamento do Padre Eurico na novela Xica da Silva chocou Tijuco, essa prática era comum na Idade Média e consistia em enclausurar pessoas vivas e foi empregado para os mais diversos fins (com algumas variações) ao longo da História. Existem inúmeros registros do uso desse método cruel e doloroso em várias partes do mundo como forma de punição e até para a realização de sacrifícios humanos. Era uma punição aplicada á pessoas condenadas à morte e consistia em trancafiar as pobres coitadas em caixões, caixotes ou, ainda, atrás de paredes para que elas morressem lenta e dolorosamente de fome, sede ou asfixia.



Um dos registros mais antigos da prática do emparedamento vem da Roma Antiga, onde esse método era usado quando alguma virgem vestal era condenada à morte. Conforme explicamos em uma matéria anterior aqui do Mega Curioso sobre essas mulheres, era proibido derramar o sangue de uma vestal e, portanto, na hora de aplicar um castigo capital, os romanos tinham que ser criativos.

Entre os diversos métodos desenvolvidos para lidar com as vestais — como derramar chumbo derretido por suas gargantas —, a solução mais usual era trancafiar as condenadas em pequenas câmaras que ficavam enterradas junto ao portão de entrada ao Templo de Vesta com um pouco de água e comida, para prolongar ainda mais o seu sofrimento. E não pense que esse castigo foi deixado de lado quando o cristianismo chegou e substituiu as práticas pagãs.
Idade Média

a Igreja Católica usava um método parecido para punir freiras e monges que não andassem na linha ou fossem acusados de heresia. Nesse caso, o castigo — também conhecido como “vade in pacem” ou “vá em paz”, em latim — consistia em selar os pecadores em câmaras e fornecer pequenas quantidades de comida e água por meio de uma pequena abertura.



O pior é que o emparedamento não era usado na Idade Média apenas para punir religiosos pecadores. Existem relatos por toda a Europa de pessoas — e muitas vezes crianças! — que foram emparedadas durante a realização de sacrifícios humanos. O mais macabro é que a prática não tinha nada a ver com rituais focados no maligno, mas sim para trazer boa sorte e proteger edificações como pontes, fortalezas, castelos e igrejas.

Reconstrução que mostra um cavaleiro que teria sido condenado ao emparedamento no Castelo Kuressaare, na Estônia

Registros históricos apontam que os sacrifícios algumas vezes eram realizados com crianças devido à crença de que a inocência da vítima tornaria a edificação invencível — e vários corpos emparedados foram efetivamente encontrados durante reformas de várias estruturas medievais. Alguns exemplos são o Castelo de Burg Reichenstein, a Igreja de Vilmnitz e a Ponte de Bremen, na Alemanha, além de uma igreja em Holsworthy, na Inglaterra.
Punição através dos séculos

O triste é que essa coisa de trancafiar seres humanos e esperar que eles morressem lentamente não ficou para trás na Idade Média — nem se restringiu à Europa. Existem relatos de pessoas que viajaram ao Oriente Médio e à Ásia e se depararam com condenados fechados em caixas ou enterrados até o pescoço.

Um desses relatos, segundo Joel, é de um mercador do século 16 chamado Jean Baptiste Tavanier que, durante uma viagem à Pérsia, encontrou homens encerrados em tumbas de pedra apenas com a cabeça deixada para fora — para que eles ficassem expostos aos elementos e ao ataque de aves de rapina.

Uma variação do emparedamento registrada na Mongólia em 1913


Texto Fonte:
https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102968-saiba-mais-sobre-o-emparedamento-uma-das-praticas-mais-crueis-da-historia.htm

Xica da Silva, O musical



No ano de 2017, o musical Xica da Silva resgatou momentos da biografia de Chica da Silva, escrava alforriada que viveu durante anos uma relação estável com o rico contratador dos diamantes João Fernandes de Oliveira, teve treze filhos e conquistou uma posição de destaque na conservadora sociedade do século 18. No presente, a história de Chica da Silva é representada pela mulher negra que ocupa espaços importantes na sociedade, vive um momento especialmente importante de conquistas femininas e sonoridade, mas ainda enfrenta uma série de preconceitos nos âmbitos pessoal e profissional. O terceiro plano é o da imaginação, mostra a vida como a personagem gostaria que ela fosse, com cenas de uma mulher amada, que jamais sofreu preconceito.
“A peça distancia Chica da Silva daquela mulher devoradora de homens a qual muitas vezes é associada, e a aproxima da mulher negra do século 21, que ainda tem que lidar com injúrias raciais em sua vida cotidiana e, muitas vezes, precisa se ‘embranquecer’ para ser aceita”, descreve a dramaturga. O que levou o diretor Gilberto Gawronski a aceitar o convite para dirigir a montagem foi justamente esse paralelo com a atual luta feminina, além de discussões instigantes sobre as raízes brasileiras. “Não me interessa uma investigação sobre a vida pessoal de Chica da Silva, mas uma dramaturgia que explore os temas de libertação, negritude e cultura brasileira, que é o que nós vamos fazer”, observa o encenador.
No elenco estão Vilma Melo, Ana Paula Black, Antônio Carlos Feio, Luciana Victor e Tom Pires. “Por um lado, é muito prazeroso interpretar uma personagem que já está no imaginário dos brasileiros, que é um ícone em termos de atitude feminina; por outro é um desafio desconstruir este mito e criar esse paralelo com essas questões das mulheres contemporâneas que ainda sofrem muito no dia a dia”, analisa a protagonista Vilma.
O diretor musical Alexandre Elias reúne, no espetáculo, canções originais com muita presença de percussão, evocando a ancestralidade da raça negra, e sucessos como Xica da Silva, de Jorge Ben Jor. Em cena, atores são acompanhados da banda formada por Di Lutgardes, Reginaldo Vargas, Victor Durante e Tássio Ramos. As figuras dos orixás serviram de inspiração para o cenário e o figurino de Karlla de Luca. O iluminador Renato Machado completa o time criativo, que vai mostrar no palco traços ancestrais em uma linguagem contemporânea.
“A maior qualidade do espetáculo, sustentada pela acuidade da autora, está na dosagem da carga de emoção indisfarçável provocada na plateia, que reage com vozes participantes e lágrimas discretas. A comunicabilidade direta facilita a compreensão da tripla personificação e da permanência de atos de rejeição em uma sociedade de raiz multicultural”. (Macksen Luiz, O Globo)
O musical ganhou o prêmio de melhor atriz para  Vilma Melo.








Acesse a pagina oficial do musical:

http://chicadasilva.cineteatroproducoes.com.br/index.html

Fonte: http://chicadasilva.cineteatroproducoes.com.br/index.html 




Walcyr Carrasco comprou parte dos direitos autorais de Xica da Silva

Notícia de jeferson, em 30/06/2008
 
Para garantir o direito de reescrever a drama de Xica da Silva e ganhar direitos autorais da trama, o precavido Walcyr Carrasco fechou um acordo com a Bloch Imagem e Som, segundo o jornal O Globo.

 Assim, ele poderá reescrever o roteiro baseado no livro de Agripa Vasconcellos e receberá direitos autorais a cada venda da novela.

Fonte: https://oplanetatv.clickgratis.com.br/noticias/xica-da-silva-walcyr-carrasco-acerta-com-a-bloch.html#ixzz58vkIokGb

Xica da Silva mofa na gaveta do SBT e não deve ser exibida


Notícia de Felipe Brandão- 1 de setembro de 2017 - 16:40


A Rede Manchete marcou a história da TV brasileira. Pertencem ao catálogo dos 25 anos da emissora – vendida em 1999 e transformada na RedeTV! – alguns dos mais marcantes títulos de nossa dramaturgia, como “Dona Beija”, “Kananga do Japão” e “Xica da Silva”.

Parte desse acervo foi resgatado em meados da década passada, pelas mãos do SBT e da Band. A emissora do Morumbi restringiu sua aquisição a apenas dois títulos: “Mandacaru” e “Tocaia Grande”. Já Silvio Santos fechou a compra de um pacote bem maior, que incluía “Dona Beija”, “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, “Pantanal”, “Carmem”, “Xica da Silva” e “Olho por Olho” – boatos de bastidores garantem ainda a presença “Kananga do Japão”, “Amazônia” e “Corpo Santo” no combo, dado que nunca se confirmou.

A primeira tentativa de levar os títulos ao ar se deu em 2005, com a exibição de “Xica da Silva”. A trama estrelada por Taís Araújo e Victor Wagner fora um grande sucesso em sua transmissão original na Manchete, em 1997, e em diversos países para onde foi exportada, êxito esse que se repetiu no SBT, o qual viu sua audiência triplicar na faixa das 22h com a reprise da história de Walcyr Carrasco.

Depois disso, porém, não se ouviu falar mais dentro do SBT nas produções da família Bloch. Há quase dez anos, permanecem esquecidos na gaveta da casa os últimos dois títulos do combo – sem contar os extraoficiais.


Procurado pelo RD1, o SBT informou que não possui planos de veicular os títulos “faltantes”, tampouco de reprisar novamente aqueles que já foram sucesso em sua programação. “Os direitos estão expirados, mas não há impedimentos para eventual renovação”, acrescentou, no entanto, a assessoria do canal.

 

Fonte: https://rd1.com.br/novelas-da-manchete-compradas-por-sbt-e-band-mofam-na-gaveta-e-nao-devem-ser-exibidas/

Erika Januza se transforma em Xica da Silva na Sapucaí (2016)

Érika Januza (Foto: AgNews)


Erika Januza topou se transformar em Xica da Silva para dar vida a um dos trabalhos que teve José Wilker em seu elenco. A iniciativa é para homenagear o ato na Império da Tijuca.

"Tentamos manter ao máximo a fidelidade da fantasia. Hoje em dia menos é mais, as fantasias tem mais ferro, mas incrementamos o tecido também, que é característico", contou a atriz enquanto era maquiada antes de entrar na Avenida nesta sexta-feira, 5.

Sobre a fantasia, que era comportada na frente, mas um pouco mais ousada atrás, ela disse: "Acho que estou comportada mas dentro do contexto do carnaval que tem a sua sensualidade", disse.

Fonte:http://ego.globo.com/carnaval/2016/noticia/2016/02/erika-januza-se-transforma-em-xica-da-silva.html
Érika Januza (Foto: AgNews)
Érika Januza (Foto: AgNews)

Drica Moraes (A Violate de Xica das Silva) fala sobre a luta contra a Leucemia

Historiadora da UFMG desconstrói a Xica da Silva da novela e do filme

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Segundo a entrevista da historiadora mineira Júnia Ferreira Furtado, professora da UFMG e fera na crônica de costumes diamantina, publicada em 07/06/2003 ás 05h52 pelo site Folha Online. Xica da Silva, a toda-poderosa rainha dos diamantes das Gerais, a heroína negra libertadora, a mulher superior capaz de fazer qualquer homem metido a besta devotar-se aos seus pés, nunca existiu. Não passa de uma invenção dos folhetins, do filme homônimo de Cacá Diegues (1976), da safadeza lírica cantada por Jorge Benjor e da telenovela da finada Rede Manchete (1997).

Os acadêmicos sérios existem para sequestrar lendas e masturbações de fundo colonial. Assim nos chega "Chica da Silva e o Contratador de Diamantes - O Outro Lado do Mito", da historiadora Júnia.

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A autora desconstrói a sedutora Xica com "x" que teria reinado no arraial do Tejuco no século 18. A redentora dos negros, visão romântica defendida por alguns pesquisadores, também não se sustenta. Como outras alforriadas, Francisca, mulher do português João Fernandes de Oliveira, acumulou riquezas e chegou a ser proprietária de uma centena de escravos.

Filha de Maria da Costa com Antônio Caetano de Sá, Chica nasceu entre os anos de 1731 e 1735 --não há registro de data certeira-- e morreu em 1796. Ficou livre da escravidão por causa do relacionamento com o branco Oliveira, o homem dos diamantes. As mulheres forras, segundo a historiadora, passavam a usufruir de todas as vantagens que a sociedade podia lhes oferecer, a fim de minimizar o estigma da escravidão.

"Mas essa possibilidade não pode ser compreendida como sintoma de tolerância e de benignidade das relações raciais no Brasil, que teriam se constituído sob a forma de uma democracia racial", diz Júnia Furtado.

Devoradora de homens

Mãe de 13 filhos com Fernandes de Oliveira, a Chica real, relata a autora, não bate com o mito da figura lasciva, a "devoradora de homens", como inventaram os romances, o cinema e a TV.

O primeiro escriba a destratar a ex-escrava foi Joaquim Felício dos Santos, cronista de "O Jequitinhonha". Nas suas "Memórias do Distrito Diamantino", de 1868, ele critica os modos de Chica, criando um mito de que era uma criatura diferente, quando mantinha os mesmos hábitos e costumes das demais alforriadas.

A coincidência: em 1976, João Felício dos Santos, um sobrinho-neto do mesmo cronista, publica o romance "Xica da Silva", no qual foi baseado o filme de Cacá Diegues. Em vez do tratamento grosseiro dado pelo tio-avô, o autor do novo folhetim acentuava, noves fora os desacertos com a história, a beleza e a sensualidade extremada da personagem.

"Esse autor reatualiza o mito e atribui-lhes características sensuais, tão ao gosto da década de 1970, quando a revolução sexual liberta a mulher dos estereótipos que a mantinham presa à imagem de recato e confinamento do lar", narra Júnia Furtado.

Coube a Zezé Motta o papel no cinema. Xica tudo podia. Sensacional a cena do enfado dela diante do mar. Quando dançava, valia uma Diamantina inteira. Será difícil, mesmo depois da leitura do livro, tirar das retinas fatigadas as mungangas, delícias e pantins dessa invenção.

Mas o que não faltou à autora foi coragem e pesquisa consistente para refazer a história da mulher que tinha "cara cor da noite, olhos cor de estrela", como já dizia, no seu "Romanceiro da Inconfidência", a escritora Cecília Meireles.



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u33870.shtml

Atriz Joana Limaverde, Catarina de Xica da Silva, abandona carreira para virar cantora





Atriz Joana Limaverde que fazia Catarina na novela Xica da Silva decide largar  a carreira de atriz de novelas e virar cantora.Confira a matéria do programa Balanço Geral (04/01/2018), abaixo:


A máscara do adúlterio de Micaela na novela Xica da Silva



A Máscara da Infamia

Ilustrações de pessoas usando as máscaras 


As máscaras da infâmia, embora muito desconfortável, não causa nenhuma dor. Os presos eram acorrentados nas máscaras de ferro ridículas e amarrados a um poste numa praça pública, onde os habitantes da cidade poderiam arremessar pedras e insultos contra eles.

As máscaras de infâmia foram projetadas para terem um ar tão tolo quanto possível para humilhar ainda mais o castigado. E, embora a punição fosse relativamente benigna, o ferro poderia ainda alcançar temperaturas altas quando exposto muito tempo ao sol em dias muito quentes. Havia centenas prováveis de variações acerca das máscaras por toda a Europa, mas, em geral, acredita-se que as máscaras com grandes orelhas patetas (como a descrita acima) foram usadas para as pessoas "bobas", enquanto as máscaras com focinhos de porcos foram utilizadas para as pessoas que tinham cometido um crime sujo, embora não haja nenhuma indicação do que exatamente constituía um crime "sujo". 


Máscaras de ferro usadas para punir de forma humilhante as pessoas. Quem usava essa máscara havia cometido algum delito e era obrigada a sair pelas ruas usando as peças de ferro. Além da tortura mental, as máscaras normalmente apertavam o nariz ou os olhos das vítimas para prolongar o sofrimento.
 
Fontes:
 http://www.apocalipse2000.com.br/hist_alem21.htm
http://povodetailandia.blogspot.com.br/2013/04/a-santa-inquisicao-idade-das-trevas_5.html
http://povodetailandia.blogspot.com.br/2013/04/a-santa-inquisicao-idade-das-trevas_5.html